Procedimentos para a Análise de Dados Comparativos Utilizando Contrastes Filogenéticamente Independentes

Discutimos e esclarecemos vários aspectos da aplicação dos procedimentos de Felsenstein (1985, Am. Nat. 125: 1-15) para testar a evolução correlacionada de traços contínuos. Este é um dos vários métodos comparativos disponíveis que mapeia os dados para traços fenotípicos em uma árvore filogenética existente (derivada de informação independente). A aplicação do método de Felsenstein não requer uma topologia totalmente dicotômica. Também não requer uma suposição de evolução gradual, semelhante a um relógio, como poderia ser modelado pelo movimento Browniano. Quase qualquer informação disponível pode ser usada para estimar comprimentos de ramos (por exemplo, distâncias genéticas, tempos de divergência estimados a partir do registro fóssil ou de relógios moleculares, números de mudanças de caracteres a partir de uma análise cladística). Entretanto, a adequação para fins estatísticos de qualquer comprimento de ramo proposto deve ser verificada empiricamente para cada fitogênese e para cada caractere. Sugerimos uma forma simples de fazer isto, baseada na análise gráfica de gráficos de parcelas de contrastes independentes padronizados versus seus desvios padrão (ou seja, as raízes quadradas das somas dos comprimentos de seus ramos). Em alguns casos, os comprimentos dos ramos e/ou os valores dos traços em estudo necessitarão de transformação. É apresentado um exemplo que envolve a escala da área da área da área de residência dos mamíferos. Uma vez adequadamente padronizados, conjuntos de contrastes independentes podem ser analisados usando regressão linear ou não linear (múltipla). Em todos os casos, entretanto, as regressões (ou correlações) devem ser computadas através da origem. Também discutimos formas de corrigir os efeitos do tamanho do corpo e como isso se relaciona com a realização de representações gráficas de relações de contrastes independentes padronizados. Encerramos com uma consideração dos tipos de traços que podem ser analisados com procedimentos de contrastes independentes e concluímos que qualquer traço (contínuo) herdado dos antepassados é apropriado para análise, independentemente do mecanismo da herança (por exemplo, genético ou cultural).

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